ADOTAR É AMAR
Estou com
muita dificuldade em aceitar estar aqui. Vai além dos meus conhecimentos evangélicos.
Sou uma mulher que sempre viveu nos conceitos da igreja católica apostólica romana
e com os meus pais aprendi a respeitar a igreja.
E hoje eu
estou aqui usando a mediunidade de uma pessoa que não conheço que se dispõe a
nos ajudar e que eu não tenho noção de como ser tudo isso possível. Acho que estou
muito confusa e preocupada com essa oportunidade, pois não quero perder se
posso ajudar muitos irmãos com a minha historia.
Bem, me
chamo Isadora me casei muito jovem, pois era costume na época, e fui capaz de
amar e respeitar aquele homem que foi apresentado no dia do meu casamento. Eu
era uma criança e ele um jovem bonito e muito educado e compreensivo, mas eu
não tinha conhecimento de sua personalidade e principalmente de seu caráter. Eu
me lembro muito daquele momento, eu orei a Deus e a Virgem Maria, com toda a
minha fé e inocência que eu seria e queria ser uma boa esposa e uma boa mãe.
O tempo
passou, meu marido estava apaixonado por mim e fazia tudo para me agradar,
sempre com muito respeito e humildade trazia um presente e com uma simples flor
nas mãos. Ele me conquistou o respeito e me ensinou a amar, e eu amei, amei até
mais que a mim mesmo. Respeitávamo-nos, tínhamos palavras de carinho um com o
outro e o tempo passava.
Comecei a
ficar triste e preocupada, pois os filhos não viam, nem se quer um sintoma, eu
ficava todo mês a espera de um sinal, e logo a decepção. Meu marido não falava
comigo se tinha desejo de ser pai e nunca cobrou de mim nada. Mas eu ficava me
torturando e me sentia uma mulher seca.
A idade já
estava ficando avançada e as minhas angustias e tristeza eram visíveis, e ele
um dia chegou até a mim e falou:
− Mulher amada
que Deus pois em meu caminho, que aprendi a amar e a respeitar, sei que sofre, pois
não consegue engravidar e sei que deseja muito ser mãe e me dar um filho. Eu
quero pedir a você, minha pequena se você saberia amar uma criança que não
tivesse saído de seu ventre eu digo amar como um filho de sangue, o que você me
diz?
Eu fiquei calada
e chorei, chorei muito porque no fundo eu queria ser mãe, mas ser sem gerar uma
criança nunca tinha pensado e logo respondi:
− Meu marido e esposo amado, com todo o
meu coração e com o todo o meu ser, sim serei capaz de amar e dar a ele todo o
meu carinho e devoção.
Assim com
essa ideia começamos a busca por uma criança em alguns orfanatos, mas não obtínhamos
sucesso porque queríamos encontrar uma criança que nos afeiçoasse. Os dias iam
se passando e nada, fui ficando nervosa e meu amado marido me acalmou me
dizendo para procurarmos de novo.
E assim fizemos,
voltamos e num mesmo orfanato que já tínhamos ido e no meio de tanta criança um
menino agarrou nas minhas pernas e gritou mamãe. Não tivemos duvida era ele a
nossa criança. Vivemos dias maravilhosos e aquele menino mudou nossa vida e nem
mais percebia que não tinha sido gerado por mim porque o nosso amor um pelo
outro era enorme. Me tornei a mulher mais feliz do mundo.
Mas como a
felicidade não dura para sempre, depois de alguns anos eu adoeci e desencarnei.
Hoje sei que nós três somos almas devedoras e que soubemos usar a
oportunidade que Deus nos deu nessa
reencarnação. E aqui fiquei sabendo que aquele menino já tinha sido meu em
outra vida e eu o abandonei.
Deixo aqui
meus agradecimentos a Deus e aos meus pais que me educaram nas leis de Deus e
eu soube usar os ensinamentos respeitando o meu lar e o meu esposo e
principalmente ao meu filho que me aceitou como mãe.
Fiquem em
paz e que Jesus possa sempre abençoar os lares de vocês e seus filhos.
Psicografia
recebida em 2019.
Médium:
M. Nicodemos