sexta-feira, 28 de agosto de 2015


PERDÃO E ORAÇÃO

Mãe querida queria muito te pedir perdão, sei minha mãe que não fui um bom filho, que nesses poucos anos que eu passei aí fiz coisas muito erradas e só hoje mãe querida tenho a consciência disso.
Como te fiz sofrer! Quanta dor causei ao seu coração.
Arrependo-me de cada erro que cometi e o pior deles foi ter me deixado levar, com a minha permissão, para o mundo das drogas.
Sei quantas desavenças aprontei em nossa casa, a ponto de vocês terem que esconder seus pertences para que eu não os trocasse por droga.
Vivo mãe num lugar muito triste, muito diferente que você imaginava. Sei que sonhava em me ver cursando uma faculdade, tendo uma vida normal de um jovem da minha idade. Ao invés de viver assim como deveria ter sido eu poderia estar aí junto de vocês, mas fui matando-me aos poucos e hoje sofro as consequências disso.
Onde estou é só dor e escuridão, preciso muito de orações para conseguir sair daqui, preciso me recuperar para conseguir sair, ainda sinto falta das drogas e não ando agindo de maneira a conseguir sair daqui. Embora não consiga mais viver dessa maneira, porque sim eu vivo mesmo matando-me eu vivo mãe, não tenho forças para sair dessa situação.
Perdoe-me minha mãezinha querida, como eu queria que o tempo voltasse e aí eu teria feito tudo de maneira diferente. Hoje a única coisa que eu preciso é perdão e oração.

Alex.  
 
           (Desencarnou aos 19 anos. Essa carta não foi entregue a mãe por  ela se encontrar em forte estado de depressão, mas foi entregue as irmãs de Alex. O nosso irmão Alex está se recuperando porque já foi atendido em nossa reunião mediúnica  e recolhido ao pronto socorro espiritual).                                                          
                                                         
Psicografia recebida em Reunião de Psicografia em 2015.                
           Médium:  Débora S. C.

domingo, 23 de agosto de 2015


UM  POBRE  RICO 

Gostaria de pedir licença para vocês para falar um pouco de minha história, uma história de infelicidades achando que era feliz.
Fui nesta vida rico, cheio de facilidades e tudo que o dinheiro pode comprar.
Vivi como se o dia derradeiro nunca fosse chegar, desrespeitei família, usei das pessoas enfim só queria o prazer.
Um dia a morte chegou e eu era ainda jovem e a realidade foi outra, encontrei com minha realidade. Realidade que meu dinheiro não podia comprar. Encontrei aqui alguns que levei ao túmulo, não que os assassinei diretamente, mas fruto das minhas ações.
Como sofri, quão duro foi saber que meu poder aqui nada valia, que meu dinheiro nada comprava, que a sede e fome me assolam.
Quanta dificuldade, como fui tolo, como fui me apegar a algo tão fútil, como...
Hoje estou um pouco melhor, já reconheço meus erros, mas ainda sofro quando penso e lembro de tudo que fui e fiz.
Queria alertar a todos que não se iludam com as facilidades que o maldito dinheiro pode trazer. Apóiem-se em Jesus e nos singelos ensinamentos daquele humilde Nazareno.
Não soube vencer a prova que foi ser rico e poderoso, se hoje me fosse dada a chance de voltar pediria que me concedesse a chance de ser humilde e simples, sem nenhum tostão, ser aquilo que eu sempre tive ojeriza: Ser Pobre.

Um pobre rico.
Luiz.

            Psicografia recebida em Reunião Mediúnica 2015.                                     
            Médium: Luciano C.

terça-feira, 18 de agosto de 2015


A SAUDADE ME PERTURBA
  
 Me sinto tão triste, tão só, sinto saudades da minha casa, dos meus pais, irmãos, da minha namorada e dos meus amigos.
Não consigo superar essa saudade que dilacera o meu coração. No entanto sou entendedor de muitas coisas e uma delas é que tudo acontece por um motivo, que o acaso não existe, entendo que aquele carro que veio de encontro ao meu não estava ali por acaso, tudo aconteceu conforme as determinações de Deus. Nem eu nem o casal que estava no outro carro e que também perderam os corpos de carne fomos culpados.
Muitas vezes os vejo procurando jogar a culpa no rapaz que dirigia o outro carro, não façam isso, ele não teve culpa, tudo aconteceu em fração de segundos e não pudemos evitar. Ele era tão jovem quanto eu e junto com a namorada também tinham sonhos e desejos a realizar. Pensem que eles assim como eu tiveram seus sonhos cortados. Eles também não tiveram oportunidades de realizar muitas coisas que planejaram.
Eu tinha mesmo o sonho de ser um grande médico, mas nem consegui concluir a faculdade e isso tudo me deixou muito revoltado com Deus na época do meu desencarne. Hoje sei que posso ser um grande aprendiz aqui onde estou e ainda terei oportunidades de ajudar a muitos. Às vezes não realizamos o que sonhamos, mas vivemos o que precisamos. Entendo agora com muita lucidez que Deus é nosso Pai e faz o melhor por nós, muitas vezes não é o que queremos, mas com certeza o que precisamos.
Sou feliz, só a saudade ainda me perturba muito, mas venho a cada dia melhorando mais e mais. Estou caminhando e devagar sei que vou conseguir.  
Deixo para vocês um recado: _ Não julguem as pessoas, não procurem culpados, procurem aceitar as coisas determinadas por Deus.
Deixo-lhes o meu abraço fraterno e o meu enorme carinho.
Desejo que sejam felizes e que procurem compreender as determinações de Deus.

Paulo.

           Psicografia recebida em Reunião Mediúnica 2015.                                     
           Médium:  Débora S C.  

sábado, 15 de agosto de 2015


NÃO AO ABORTO

Mamãe, mamãe aceita-me como seu filho, por favor não me renegue, eu preciso ser seu filho, não prejudique essa oportunidade que Deus está nos dando, por favor eu lhe suplico deixe-me nascer.
Minha mãe sempre foi muito vaidosa e fútil, para ela só existia ela e o espelho, sua admiração por si era doentia.
Eu precisava nascer de seu ventre e com meu carinho e atenção poderia mudar o seu conceito de vida. Foram várias tentativas e sempre o aborto vencia e eu não conseguia renascer, como eu sofri, sempre com muita esperança de um dia ela me aceitar. Meu prazo já estava vencendo e eu com a minha teimosia supliquei ao Pai por mais uma chance, pois não queria mais sofrer e não ter mais outra chance de tentar mudar aquela que eu escolhi para ser minha mãe.  
Um dia eu estava quase conseguindo sentir o calor de seu carinho em seu útero e estava toda uma equipe espiritual auxiliando e me ajudando com que ela não fizesse mais o aborto, mas um milagre aconteceu, o médico que faria o crime não compareceu no consultório e tive mais uma noite, uma semana e meses não interrompeu a gravidez e eu nasci. Chorei, chorei como um louco, pois agora era comigo o dever de fazê-la mudar.
Cresci triste e deprimido, pois não tive o carinho de mãe e sim de uma inimiga, pois seu corpo já não era mais o mesmo e a culpa em seus olhos era latente. Mas eu era muito religioso e acreditava no poder da prece e sabia no meu intimo que eu precisava amar, amar e perdoar aquela pessoa que havia me dado a vida e não entendia bem o porque. Graças ao nosso Pai que nascemos com o esquecimento do passado e nos dá uma outra oportunidade de mudar um pouco a nossa historia, mesmo que seja com muita dor.
Um dia, não sei dizer, minha querida mamãe não se olhou no espelho, não levantou da cama e solicitou a minha ajuda, eu com o coração que não cabia de felicidade fui ao seu chamado. Lamentavelmente minha querida mamãe havia adoecido e necessitava de muitos cuidados. Eu com todo carinho e atenção dediquei minha adolescência, minha juventude e um parte de minha velhice à ela.
Só sei dizer que eu venci a minha missão e no final de sua vida minha mãe me chamou de filho e fez uma oração em agradecimento a Deus por aquele médico não ter comparecido no dia em que ela queria por um fim na minha vida.
Sou um filho de Deus com muitos débitos e fui agraciado por Ele de ter amenizado um pouco o meu débito com essa reencarnação de provação e vitórias.            
                                                                                                        
 João Manoel.          

 Psicografia recebida em Reunião Psicografia  2015.

 Médium: M. Nicodemos 

domingo, 9 de agosto de 2015

 PAI  ABANDONADO

            O tempo passa ligeiro, ainda ontem eu era um rapaz cheio de vida e no auge das minhas forças, trabalhei, me apaixonei e constitui uma linda família, eram seis filhos; filhos esses que eu e minha companheira criamos dentro das leis de Deus, freqüentando sempre as missas, nunca nos descuidamos disso. Esses filhos tiveram uma infância feliz e com todo o conforto de que a minha situação permitia, sempre amados e amparados em todos as necessidades. Desses filhos, quatro se fizeram doutor e as minhas duas meninas lindas se casaram com homens de situação financeira privilegiada.
            Assim cada um tomou o seu rumo, cada um saiu do meu lar, ou do nosso lar para ganharem a vida, por essa época eu e minha companheira ainda não éramos tão velhos e fomos levando nossa vida de sempre, com a permanente visita dos filhos e netos, meu lar era florido. Como amei aquelas crianças, como minha companheira se deu aos netos e assim o tempo foi passando e começamos a envelhecer de fato, continuávamos como sempre na nossa vidinha, agora mais limitada pela idade, os netinhos cresceram e se tornaram homens e mulheres e por essa época as visitas eram cada vez mais esporádicas.  Os filhos não mais tinham tempo para nos visitar, tão preocupados em ganhar dinheiro, em ter fama, em ter cada vez mais e mais, e conseguiram, ficaram ricos com grandes aquisições financeiras.
            As visitas nessa época quase nula, eu e minha companheira telefonávamos, pedimos para que viessem em nossa casa, que nos dessem notícias e nos contassem sobre suas vidas, mas a resposta ara sempre que o tempo tava curto, que na próxima semana estariam conosco e assim passava meses sem que eles aparecessem para nos visitar, essa atitude deles era muito sofrida por minha companheira, ela sofria, sofria muitas vezes calada a ausência dos filhos.
            O tempo que não para nunca, passou mais um pouco e minha amada companheira foi acometida por um mal súbito e desencarnou, todos ficaram muito mobilizados com a morte da mãe e da avó, mas mobilização não passou das celebrações fúnebres. Acabado o funeral, cada um despediu-se de mim ali mesmo naquele cemitério, um se propôs a me levar para casa, voltei sozinho ao meu lar e  como seria minha vida daquele momento em diante? Como seria minha vida sem a doce companhia da companheira amada e de tantos anos de convívio? Entrei, orei a Jesus pedindo-lhe forças.
            Assim foi passando e cada vez eu ia envelhecendo mais e mais e os filhos queridos perceberam que eu não mais poderia continuar ali sozinho naquela casa, não tinha mais condições físicas de cuidar de mim mesmo. Uma tarde de inverno me lembro que fazia muito frio, meus filhos apareceram todos de uma só vez, pensei estar recebendo uma visita preparada por eles para me felicitar o coração, mas... qual foi minha surpresa? Me disseram que eu não poderia mais continuar vivendo ali naquela casa que foi meu lar durante tantos anos, no lar que passei os momentos mais felizes da minha vida, no lar que com sacrifício eu e minha companheira os criamos. Entendi afinal minha situação física não era boa, iria com qualquer um dos seis para a casa deles, bastava que decidissem, então querendo resolver logo a situação perguntei para a casa de qual deles eu iria, eles se entreolharam e um resolveu falar, falar o que eu nunca pensei ouvir em toda a minha vida, ele me disse:
          - Pai, todos nos trabalhamos e temos nossos compromissos, levar o senhor para a casa de qualquer um de nós é coisa impossível!
            Então Deus meu para onde me levariam? Talvez para a casa de algum neto? Não, a resposta veio clara e precisa: - Pai já arrumamos uma vaga pro senhor num asilo, mas não se preocupe não é um asilo comum, pagaremos muito caro para que o senhor tenha  o máximo de conforto, é um lar idosos com infra-estrutura para receber pessoas como o senhor, temos certeza que lá será muito bem tratado, sem contar que nos faremos visitas semanais, estaremos sempre juntos.  
            Fui para tal casa de idosos, realmente um lugar muito bem arrumado e com muitos profissionais para auxiliar-me no que fosse preciso. Era muito bem tratado. Semanas foram passando, depois meses, e até anos, nunca recebia visita de nenhum deles, pagavam as despesas, mais não faziam o que eu mais precisava, que era um pouco de amor  e de atenção.
            Passava horas imaginando o porquê de tanta ausência, muitas e muitas vezes pedi aos funcionários do lar para que ligassem para meus filhos dizendo que eu precisava deles, a resposta dos funcionários eram sempre as mesmas, “disseram que semana que vem estarão aqui” e de novo passava uma, duas, três, cinco, dez semanas e nada. Fui cada vez ficando sem esperança, sentia que o meu tempo já se esgotava, desisti enfim de procurar meus filhos, mas esquecê-los nunca, eles estavam sempre na minha memória e eu pensava:  - Deus o que fiz com esses filhos que criei com tanto amor, e que hoje me ignoram.
           Desencarnei, reencontrei minha companheira querida e fiquei sabendo que nem enterrar meu corpo eles foram, pagaram todas as contas da casa de idosos e se sentiram muito felizes por terem feito a sua parte a te o fim, dando ao pai o maior conforto possível. Será?
           Me pergunto, onde andavam quando eu precisava só da presença deles, só de um carinho, uma atenção, uma visita. Hoje daqui fico muito infeliz de ver o que foi preparado para o futuro de cada um. Peço a Deus que eles não passem por que passei, pelo sofrimento que me causaram, a muito já lhes perdoei e eles nunca se pediram perdão afinal fizeram a sua parte!!           
          Um espírito que sofreu na carne as dores do abandono, a tristeza de envelhecer sozinho, o desprezo dos filhos.
         Pensem nisso!!!!
         Muita paz.

         Psicografada na Reunião Mediúnica.
         Médium: Débora S C.

domingo, 2 de agosto de 2015


SE MORTO DEVO DORMIR

           Aqui estou eu amparado por dois enfermeiros, mal me contendo em pé.
          Sai de casa, trôpego, vacilante, sem saber onde estava e aonde chegar.
          E aqui estou eu... Por quê? Porque meu Deus se tudo estava dando tão bem?
       Eu estava convalescendo tão depressa, mas eis que tudo rodou em minha mente naquela manhã. 
       Meu leito ficou rodeado de pessoas que eu desconhecia. Parece que estavam procedendo algum medicamento ou cirurgia, mas eu via tudo, assistia a tudo.
         E tudo rodou à minha volta. Levaram-me e eu não estava bem consciente do que aconteceu... Até que um eu sai de onde estava e fui levado como se um imã me puxasse ao local em que eu estava anteriormente. Eis o que eu vi... Pessoas oravam por mim reunidas em um culto evangélico.
         Esqueci de dizer que eu sou evangélico!
        Se estou morto devo dormir, mas eu não durmo, pelo contrario não tenho sossego. Se essas pessoas rezam por mim é porque morri, mas eu estou vivo, posso dizer a elas.
         Se isso é morte, não é ruim. Mas tenho tantas dúvidas.
         Ajudem-me a me situar onde estou.
         Não sei o que fazer nesse estado.
         Estou presente na reunião de vocês, peço que orem por mim.
       
                          Jackes Oliveira.                                                                                   
                                                         
Psicografia recebida em Reunião de Psicografia em  2015.                                      

           Médium: Catarina.