sábado, 25 de novembro de 2017



SUICÍDIO, COMO LAMENTO TER FEITO ISSO

Senhor, meu Deus, quanto sofrimento, quanta dor, o sentimento de abandono dilacera o meu coração, me falta o ar. O que fazer diante de tanto sofrimento assim?
Preciso de uma luz, de paz, a minha cabeça dói e não pára em nenhum momento de pensar, penso o tempo todo, não tenho tranquilidade para um descanso necessário.
 Vivo tomando remédios e já não aguento mais essa vida, faço terapia e não vejo sentido em mais nada. Antes eu tinha esperança quando acordava e via a possibilidade de renovação e mudança, mas não nos últimos momentos de minha vida, tudo para mim era nada.
Comecei a buscar novas alternativas para a minha vida e comecei a ler literaturas sobre pessoas que tiravam a própria vida, seus últimos momentos e o fim. Nas biografias que eu lia, vi que tudo era tão simples e que eu poderia, sim, pôr um fim na minha vida que já não fazia sentido.
Fiz um apelo a Deus e roguei que me ajudasse a sair daquele mundo negro e sem possibilidades, não recebi resposta e minha dor foi maior.
E finalmente acordei, convicta de que aquele dia era propício a colocar o tão sofrido fim. Eu simplesmente fiz o que eu planejei. Busquei ajuda e não tive respostas que me convencessem a mudar de opinião.
Hoje, já resgatada de um lugar terrível, escuro e de muito sofrimento, vi que Deus veio com várias respostas e eu com a minha ignorância e orgulho não tive olhos de ver e nem ouvidos de ouvir.
Eu lamento muito ter cometido o suicídio e vi que eu poderia ter sobrevivido a tudo e que, na realidade, não havia motivos suficientes para que  colocasse fim à minha vida, vida que eu não soube entender, ou melhor, não quis entender.
Deixo aqui meu depoimento para que todos valorizem a vida, ela vale a pena e não deixem que a tristeza tome conta de seus corações. Lembrem-se de Jesus: Orai e Vigiai.
Obrigada a todos que oraram e pediram por mim, foram as orações e o carinho que me fizeram sair do vale da escuridão.

Ângela M.

 Psicografia recebida em 2017.

             Médium: M. Nicodemos.

sábado, 18 de novembro de 2017


REENCARNAR  PARA  VENCER


Agradeço a Jesus a oportunidade de contar-lhes um pouco da minha última encarnação.
Começarei pelo tempo em que me preparava. Em encarnação anterior fui muito inteligente, mas infelizmente fui muito egoísta e não fiz bom uso dessa inteligência, infringi as leis de Deus de maneira que se eu contasse-lhes aqui, causaria espanto e horror em muitos.
Quando eu me preparava, após muitos anos de sofrimento, ficou acertado a minha volta, estaria ali começando o meu ressarcimento com as leis de Deus. Para isso foi determinado, e por mim aceito, nascer em condições deploráveis de saúde física, mental e social.
Nasci numa família desestruturada e sem a mínima condição financeira para cuidar de um ser que como eu dependeria de cuidados desde o dia da minha chegada até o último que passasse na carne.
Meus pais, alcoólatras e já com dois filhos pequenos, me rejeitaram, e assim fui abandonado em um lugar sóbrio e fiquei ali entregue a minha própria sorte. Contava com apenas quatro meses de vida quando isso aconteceu. Permaneci ali indefeso por muitas horas até que um ser me encontrou e fui imediatamente acolhido num hospital, estava muito doente, fui tratado e ninguém nunca apareceu para reclamar aquele ser encontrado em situação tão triste.
Assim que recuperei fui levado para um orfanato e ali cresci sem a menor chance de que alguém me adotasse, eu era paralítico e demente, quem haveria de querer uma criança assim?
Os anos se passaram e aquele orfanato já não podia continuar comigo, fui então transferido para outro lugar de acolhimento a deficientes mentais. Vivi ali até o último dia no corpo físico.
Eu era um vegetal, e nem na hora do sono eu conseguia um pouco de lucidez, vivi por 28 anos e sofri preso aquele corpo deficiente e por todo esse tempo  nunca soube o que é ser amado, nunca mesmo.
Hoje passada essa encarnação estou de volta ao plano espiritual e agradecido à Deus por ter me permitido ressarcir um pedaço grande dos meus erros, o tempo que passei encarcerado naquele corpo deficiente foi uma dádiva de Deus ao meu espírito rebelde. Sinto-me ainda em débito, mas também sinto-me mais leve. Sou como um pássaro liberto, e isso me transborda de felicidade.
Me preparo para uma nova vida, desta vez terei mãe e pai amorosos, um lar feliz, serei uma criança normal, e pretendo com isso conseguir por em prática tudo o que eu aprendi. Tenho fé em Deus de que vou conseguir dessa vez realizar coisas boas e com a minha inteligência ajudar na elevação de muitos.
Em breves dias retornarei à Terra e levo comigo a paz, e a esperança de que dessa vez tudo será diferente. Aprendi a dar valor a vida, a minha vida e a dos outros principalmente.
Orem por mim, preciso vencer, não posso mais falir, estou em paz e quero permanecer em paz.                                                             
Nome? Pra que? Já tive tantos!
Apenas um reencarnante que precisa vencer.
                                    
                                                         
Psicografia recebida em  2017.                                      

             Médium: Débora S C.

sábado, 11 de novembro de 2017


MÃE  EU QUERO O SEU COLO

Ah mamãe, quanto tempo já passou, quanto tempo...
Os anos passaram tão rápido que nem reparei que cresci, que tornei homem, que deixei de ser gente e transformei-me no que hoje sou, um homicida...
 Ah mamãe como deixei que o ódio tomasse conta do meu ser, como pude deixar de ser aquela criança que fui, que deitava a cabeça em seu colo e chorava quando estava assustado? E hoje fiz várias crianças chorarem sem o colo de seus pais...
Mãe achei que era forte, achei que era invencível, achei que podia fazer a “minha justiça” e com essa mentira agi por uma vida inteira.
Mãe você foi tão boa e amorosa e eu cultivei tanto ódio e ira no meu ser, de onde tirei tanta crueldade, tanta insensatez?
“Limpei” tanto a sociedade dos ditos homens maus, que não vi que eu era tão mau quanto um daqueles que ceifei a vida, sentindo-me um “Deus”, um juiz  e um executor.
Hoje vejo que nada fui e nada sou, hoje vejo que fui um tolo, um louco que se investiu de uma autoridade que não possuía e que em nome de Deus tornei-me o mais desprezível de todos os homens, um flagelo
Mãe perdoa seu filho que também lhe assassinou, mesmo que sem violência, mas que lhe assassinou a vontade de viver, a coragem de continuar no caminho.  
Mãe a dor que hoje sinto é tão grande que a vontade que tenho é ter a chance de um dia pode sentar no chão e deitar minha cabeça em seu colo e receber o afago que tanto me aliviava. 
Me perdoa. 

Arthur.

 Psicografia recebida em  2017.                                   
             Médium: Luciano C.

sábado, 4 de novembro de 2017


A MORTE NÃO É O FIM, É O COMEÇO DE UMA NOVA VIDA

Se eu fosse escolher a minha vida hoje, jamais escolheria aquela fábrica  para trabalhar.
Fui jovem, cheio de sonhos e queria ter um lugar que me desse segurança a mim e minha família que eu pretendia construir. Conheci uma moça alegre bonita e muito delicada e eu pretendia com ela me casar. Pois bem, o emprego que me foi oferecido foi naquela fábrica de tecidos. E lá fui eu cheio de boa vontade.
Eu consertava as máquinas quando elas estavam estragadas, pois além de tecelão eu entendia bem de máquinas.
Trabalhei muitos anos, até que meus filhos cresceram e também seguiram seus rumos.
Fiquei eu e minha velha(que era aquela moça bonita) que aos meus olhos ela continuava linda.
Estava prestes a me aposentar, quando uma máquina de tecer e dobrar os panos emperrou. Me chamaram e lá fui eu. Tive que entrar por baixo das ferragens para ver o defeito. E não sei porque carga d’água a máquina começou a funcionar. E eu fui colhido por ela. Machuquei muito. Levaram-me ao hospital, mas eu não resisti.
Para mim eu ainda estava no hospital e queria ver minha “velha”, mas ela não vinha. Queria dizer a ela que não ficasse preocupada, pois eu iria me recuperar e voltaria para casa.
O tempo foi passando e nada disso aconteceu. Eu melhorei, comecei a convalescer, e não me levaram pra casa.
Parecia que eu estava em outra cidade e eu comecei a me preocupar.
Uma tarde, eu estava passeando com um companheiro que sempre me acompanhava, vi chegar até mim minha mãe, muito jovial e alegre. Como? Perguntei eu. Minha mãe havia morrido há mais de trinta anos. Foi o maior choque para mim, pois aí eu soube que já havia morrido.
Comecei a preocupar-me com minha esposa, e fui informado que também ela estava no mesmo hospital em que eu estivera.
Pedi para visitá-la e lá fui eu. Ela estava dormindo como num torpor e mal me viu.
Eu senti muito a necessidade de ficar com ela e lá me deram a oportunidade de cuidar não só dela, mas de dois outros enfermos que estavam no mesmo quarto.
Venho aqui prestar esse meu depoimento para lhes dizer: a morte não é o fim, mas o começo de uma nova vida, novas oportunidades e novos horizontes se deparam para nós.
A humanidade precisa de espíritos que saibam consertar máquinas, mas que também possam cuidar de seus semelhantes.
Estou feliz e me despeço agradecendo essa oportunidade. O trabalho me espera.

Lauro C. Costa.
Desencarnado há 15 anos.

            Psicografia recebida em 2017.
            Médium: Catarina.