domingo, 29 de setembro de 2013


Só do dinheiro


             Não entendo o porquê de me permitirem escrever, visto que ninguém procurou saber de mim e além do mais se minha família tiver acesso a esta carta não vão acreditar, nunca nenhum de nós acreditou que espíritos voltassem para falar aos vivos. Hoje eu sei que estava errado, muito errado.
              Talvez por ter sido tão incrédulo eu esteja sofrendo tanto, tudo me parece muito difícil, não consigo aceitar o que me aconteceu nem me conformo em ter que ficar aqui onde estou, o tempo parece estagnado, nada me tira da tristeza e da dor de viver aqui, sou muito infeliz, não consigo me superar.
            Quando vivo eu era muito materialista e até um tanto sovina, mas não me importava, afinal porque teria eu que sempre dei duro para conseguir o que eu tinha, e olha que era um patrimônio invejável, dividir, ou dar as coisas de mão beijada, nunca achei justo, enfim não era e acho que nem aprendi a ser caridoso, tudo para mim tinha um preço, um valor.
             Tenho tentado superar algumas coisas, mas sinceramente não consigo, me sinto fracassado e infeliz. Não gostava da vida, só do dinheiro e gosto ainda menos da morte porque nela nem dinheiro temos.
             Não quero mais dizer nada e nem tenho que dizer me sinto péssimo, sofro dores, tenho feridas pelo corpo e cheiro mal, sou um fantasma, uma sombra triste do que um dia eu fui.
                                                               
                                                                               Aldo  


                                                      Psicografia recebida em Reunião de Psicografia em 30 nov 2011
                                                                            Médium Débora 

sexta-feira, 27 de setembro de 2013


“O amor cobre multidão de pecados” (1 Pedro 4:8).


                         Enquanto permaneci sobre esta terra não passei de um fardo pesado para meus familiares. Desde a adolescência rebelde, afeiçoei-me às sensações mundanas e aos prazeres fúteis da juventude. Logo engravidei de meu primeiro filho mas, nem por isso, emendei-me com dizia minha vozinha que me criara. Abandonei as responsabilidades maternas a outrem, tal qual haviam feito comigo. O pai da criança nem mesmo dignou-se a conhecê-la, descrendo de sua paternidade diante de meu comportamento notoriamente promíscuo. Cedo conheci o mundo das drogas e, na ânsia de sustentar o vício odiento, entreguei-me também a pequenos furtos e roubos na comunidade em que vivia. Afundei até onde um ser humano poderia fazê-lo, inibindo em mim mesma os sentimentos mais elevados os quais, se, agasalhados em meu peito indócil, teriam-me poupado muitas desventuras e angústias.
                         Outros filhos vieram ao mundo em decorrência de minha prostituição à qual lancei mão para o sustento do vício que me consumia visivelmente. Deixei-os, assim como ao primeiro, em desamparo e, na falta de cuidados materiais, logo foram parar em abrigos de assistência social. Minha pobre vozinha partiu antes de mim talvez por tristeza cansada por minhas atitudes e conduta desregrada.
                         Quando fui parar na cadeia, a primeira vez, já não tinha um lar a minha espera e pouco me importava com minha própria sorte. Conheci lá dentro religiosos que, sobriamente vestidos e bem calçados, vinham, de tempos em tempos, “pregar” o livro Santo na tentativa de resgatar nossas almas por meio da confissão e do arrependimento dos pecados. Entre idas e vindas do cadeião conheci uma pobre mulher que, como eu, escolhera os caminhos errados. Presa, ainda grávida, veio a dar  à luz a pobre e desamparada criança com insuficiência respiratória em noite de forte tempestade. Desenganada pela enfermeira plantonista foi deixada à própria sorte juntamente com sua genitora por horas a fio à espera de socorro, que por razão do mau tempo tardou a aparecer. Tocada pela cena derradeira e presa de forte sentimento que não sei explicar velei noite a dentro mãe e filha, mantendo esta aquecida em meus braços até seu último suspiro.
                         Anos mais tarde, ao desencarnar, esquecida em uma cama imunda de pensão que, durante as noites transformava-se em bordel, pensei que estavam a me procurar criaturas horripilantes e de degradas por sensações as mais vis. Encontrava-me em escuro corredor tentando fugir dos olhos tenebrosos que me espreitavam na sombra quando, de uma pequena faixa luminosa surgiu um jovem de olhar doce e amável. Estendeu-me a mão sem questionar meu passado ou minhas culpas. Apenas entrelaçou aos meus os seus suaves dedos e conduziu-me para fora daquele pesadelo horrível. Era a criança que eu, anos atrás, acalentara junto ao seio, talvez o único gesto sincero de amor que tenha realizado em minha tormentosa existência. Apenas ele lá estava para me conduzir à saída, apenas este gesto bastou para que eu merecesse a misericórdia e hoje aqui estou, de passagem, para deixar com esta estória a lição de que mesmo o mais acanhado gesto de amor pode determinar o futuro de cada qual.
                        Assim me despeço, já em prantos, aguardando nova chance nestas terras.
  
                                                Aline ,  um espírito ansioso por reparação. 

                                  Psicografia recebida em Reunião de Psicografia em 14 dez 2011

                                                                                                   Médium Ana 

domingo, 15 de setembro de 2013


QUERO A PAZ

                       Quero a paz querida irmã. Atraído pelos oferecimentos de auxílio, aqui estou a dizer-lhes que sufoco no desespero que não se acalma. Não, ninguém pede por mim. Vivo após a morte do corpo, como vivi quando ainda o possuía. Não amealhei nada de bom. Sempre leviano e zombeteiro, gastei meu tempo perturbando o sossego dos outros. Sempre gostei de zoada. Com essa conduta atraí companhias vivas e mortas que nem sei se posso dizer que agiam com eu, mas, acho que bem pior. Aceitei sempre qualquer pedido de ajuda nas vinganças, nas desforras que qualquer um que me pedisse, ganhava a minha cooperação.
                Morri cedo. Envenenado pelos vícios, pelas palavras chulas e ações todas envolvidas na maldade, atitudes que me consumiam e me levaram para lugares horrorosos neste plano desconhecido. Cruéis, muito cruéis àqueles que passaram a constituir minhas companhias Muito sofrimento. Mas, até com o sofrimento a gente acostuma. Estou aqui. Sofrido, mas nem mesmo uma fibra, um sentimento melhor, encontro em mim mesmo.
                      Vejo vocês, sérios, atentos, convictos e invejo-os. Também eu quero crer. Também eu quero encontrar alguém que goste de mim. Que bom seria. Você que me atende pode fazer alguma coisa por mim? Agradeço se puder.
                     Estou cansado, me sinto doente. Ah! Que bom seria morrer, desaparecer.   
                     Sofro. O sofrimento sufoca.
                     Adeus. 
                                                              Acho que não tenho nome.  

                                               Psicografia recebida em reunião mediúnica de 07/03/2012.
                                                                                                        Médium L. Ferreira

O TEMPO


            Se hoje choras a dor da perda de um ente querido, se sentes em total desespero , saiba que amanhã será um novo dia e assim a cada dia e com o passar de muitos dias vamos nos conformando, vamos nos sentindo melhor, até chegar o dia da saudade serena, da lembrança feliz sem desespero.
            Se hoje passas por enfermidade que te castiga o corpo físico e suga suas energias, chegará o tempo que isso só passará de uma lembrança.
         Se hoje choras a dor, a angustia de mãe, de pai diante de um filho problema, que te faz sofrer, na se esqueça com o passar dos dias tudo vai se tornando mais fácil. 
           Aprendamos a aceitar os fatos e confiar no nosso maior amigo, o tempo, só ele é capaz de colocar tudo no lugar.
         Vamos dar tempo ao tempo e veremos que como todo dia termina e nasce um novo dia, assim são nossas dores, é só com passar do tempo que estaremos mais felizes.
             Paz, tranqüilidade e paciência.
             Fé em Jesus.
             Tudo passa assim como as dores também as alegrias.
             Cada dia tem seu mal e seu bem, vivamos um dia de cada vez.
             Paciência confiem em Jesus e no tempo.


                                               Carlinda ( Um espírito que aprendeu com o Tempo)

Psicografia recebida em Reunião de Psicografia em 16 Maio 2012

                                                                                            Médium Débora 

domingo, 1 de setembro de 2013



Missão Sagrada


              Me perdoe Jesus se não fui para meus filhos a mãe que podia ter sido.           
              Porque Jesus eu coloquei os prazeres mundanos acima de tudo? 
              Porque preferi a vida fácil e prazerosa? 
              Porque não cuidei das jóias que sua bondade confiou a mim?
              Tive oportunidades inúmeras e não aproveitei nenhuma delas. Falência total como ser humano e falência total como mãe.
               Quem sabe um dia poderei recebê-los outra vez em meus braços e ser pra eles tudo o que não fui dessa vez.

                                Uma mãe que faliu na sua missão sagrada.

                                                                                 Perdão

Psicografia recebida em Reunião de Psicografia em 05 jan 2011

                                                                                            Médium Débora 

 MÃE! 

          Mãe! Onde posso encontra-te?
          Há tanto tempo te busco, por tantos lugares te procuro!
          Mãe preciso de ti, sinto frio, preciso do seu colo acolhedor, vem mãe me deixe te ver só por mais                 uma vez.
          Que saudades dos dias idos da infância quando eu tinha você comigo e eu também estava contigo.
          O tempo passou mãe e tudo se transformou, aquela criança dócil se transformou em um ser maligno e           foi se afastando de você.
          Hoje te procuro e não consigo tem achar, tenho tanto arrependimento!
          Escolhi o caminho fácil e desregrado, abandonei todos os ensinamentos recebidos no calor e no amor           daquele lar simples.
          Te perdi, não sei quando.
          Te esqueci mãe, quando procurei caminhos errados.
          Hoje tudo o que queria era poder te ver mãe, te tocar, sentir o amor que um dia deixei escapar.
          Peço a Deus que se um dia eu tiver merecimento eu possa te reencontrar.
          Quem sabe até voltar e novamente poder ser embalada pelos seus braços acolhedores.
          Que saudades!
          Perdão minha mãe! Perdoa sua filha ingrata! Ah se o tempo voltasse, eu faria tudo tão diferente!
          Um dia mãe sei que poderei te ver no lugar maravilhoso onde você está, resplandecente de luz a                   iluminar a escuridão que vivo agora.
          Nesse dia mãe, serei o ser mais abençoado por deus, que saudades! Que arrependimento! Que dor!
          Venha mãe querida, venha até mim porque sei que para mim é impossível ir até você.

                                                                                            Consolação 

                         Psicografia recebida em Reunião de Psicografia em 02 abr 2012
                                                                                       Médium Débora