sábado, 29 de outubro de 2016


JOVEM  RAPAZ  DE  23 ANOS

Quanto sofrimento, muita dor, muita solidão e desespero. Minha fé? Não me lembrava dela e nem que existia um Deus.
 Infelizmente a doença quando vem e nos deixa impossibilitado de viver a vida que tanto desejamos e nos deixa a beira da loucura, do desespero, os questionamentos são muitos e não tem respostas, bem não tinha!
Hoje desencarnado muito me foi esclarecido, mas ainda continuo em tratamento e cada dia com explicações e estudo consigo entender um pouco o porquê de tudo isso que eu vivi.
Sou um jovem rapaz de 23 anos, estudante universitário, estagiário em uma grande empresa onde eu pensava em conquistar o meu primeiro emprego e assim ser um grande profissional, atleta, adorava esporte, opa! Adoro ainda, não deixei de gostar das minhas opções como esporte, profissão, cor, etc... Isso também me deixou inquieto e pensativo, como? Eu ainda gosto das mesmas coisas, mas não pertenço mais a vida corpórea? Eu achava que seria uma outra pessoa, mas não sou o mesmo com as mesmas manias e etc...
Um dia pela manhã fiz o meu lanche matinal como de costume e fui para o meu banho, quando me ocorreu um sangramento nasal, fiquei tranqüilo, mas um pouco preocupado, não era comum e eu sempre cuidei muito da minha saúde.       
Olha tinha muito medo de adoecer e sofrer em uma cama com pessoas em minha volta chorando, escondendo a verdadeira situação e enfim, a doença era o meu temor e fiquei o dia todo com aquela preocupação e resolvi ir ao médico, por sinal um excelente profissional, que não fez vista grossa e sim foi fundo saber o porquê do sangramento, graças a Deus ele encontrou e já me encaminhou para uma especialista que já me indicou um tratamento radical a base de quimioterapia e radioterapia, enfim vocês já sabem qual doença eu vivi e lutei até o fim.
É infelizmente o câncer me venceu, mas em nenhum momento eu achei que ia me vencer, acho que isso foi o que Deus gostou em mim e não deixou que eu ficasse muito doente a ponto de ter pessoas me limpando e chorando em meu leito, eu desencarnei sim, mas me achando um vencedor.
Não lembrei de rezar, fazer preces, orar e nem promessas, eu queria vencer aquele momento ruim em que eu estava vivendo e não pensava em morte e lamentos e sim viver. Tinha fé, mas não orava porque não queria parecer um fraco perante a Deus e ficar lamentando e mostrar que era capaz de vencer.
Eu lutei contra uma doença grave, mas ela não me venceu, ela simplesmente foi um instrumento, ou melhor, uma causa para me levar para o meu plano espiritual, era o meu momento, era o momento do meu fim, ou melhor, o meu recomeço na vida espiritual.
Sou feliz.

Glauco Barbosa Filho.

 Psicografia recebida em 2016.

             Médium: M. Nicodemos.

sábado, 22 de outubro de 2016


HORAS VAZIAS

As datas para mim eram valiosas. Decorava datas de nascimento, de casamento, de morte. Aniversários de casamento.
Tudo para mim se resumia no calendário. Ao iniciar novo ano, como eu me alegrava e ficava jubiloso. O que haveria de acontecer naquelas datas? Era isso que eu pensava.
Porém jamais poderia imaginar que naquele ano eu morreria, porque a minha data estava marcada e eu iria ter que prestar contas de meus dias, de meus minutos. Qual o que? O que fiz de meu tempo? Nada de extraordinário. Casei-me, criei meus filhos, tive netos. E como todo mundo descansei em minha aposentadoria, sempre a contar as datas, sem nada fazer de beneficio para aqueles a quem deveria fazer.
Minha nora precisou de mim, eu dei uma desculpa e me esquivei, outra pessoa me solicitava e eu escapulia. Gostava mais de sintonizar meu radinho, ou minha TV para ouvir notícias mirabolantes. Nada fiz. E isso está sendo cobrado aqui onde estou.
Por que é que eu me sinto tão só? Por que ninguém mais se lembra de mim? Às vezes alguém que eu calculo ser minha netinha pergunta: Mamãe onde está o vovô? Eu quero dizer estou aqui, ore por mim. Mas qual o que? Tudo passa e novamente venho para meu lugar de sempre.
Hoje venho a esse grupo, onde sou convidado por meus irmãos espirituais que me acobertam, para que eu possa aprender um pouco e dizer-vos:
_ Não contem as horas passadas ao leu, horas vagas. Não desperdicem seu precioso tempo, porque ele passa rápido. Façam algo em prol de seus irmãos e familiares. Orem por aqueles que os aborrecem. Não se esquivem de fazer o bem seja à quem seja.
A recompensa virá em horas cheias de felicidades e alegrias. Não colecionem horas vazias volto a dizer.
Obrigado.    

Joaquim.

Psicografia recebida em 2016.                                     

            Médium: Catarina.

sábado, 15 de outubro de 2016


O  CÂNCER  ME  VENCEU

 Não consigo aceitar o que me aconteceu, não sei por que Deus fez isso comigo, logo eu que era tão feliz, que tinha tantos planos para o futuro, que era jovem e bonita, por que meu Deus, por quê?
Me sinto enfraquecida, doente, desesperada. Tenho saudades da minha casa, da minha mãe, do meu pai e da alegria dos meus irmãos. 
Tenho saudades do meu noivo! Ah meu Deus, fazíamos tantos planos, como queríamos o casamento, quanta coisa planejada para esse dia que nunca aconteceu.
Já havíamos marcado a data, providenciamos os preparativos, até que senti aquela dor terrível que a muito vinha me incomodando, mas que eu atribuía ao cansaço do dia a dia. Até que ela chegou implacável, arrastando-me para o médico de maneira urgente. Passei alguns dias fazendo exames e então o diagnostico, o câncer no pulmão já estava avançado, não havendo nada mais a ser feito.
Como sofri quando recebi o diagnóstico, como minha família sofreu. Meu noivo, ah meu amor que dor ter que voltar e te deixar, como éramos felizes juntos! Em poucos meses emagreci a ponto de não poder manter-me de pé e as dores cada dia mais fortes, sem haver medicamento capaz de amenizá-las. Sofri, sofri muito, mas não queria partir, tinha vontade de viver, vontade de continuar..., mas nem a minha força de vontade e a minha determinação em não deixar levar pela morte foram capazes de me manter viva, o corpo, minado pela doença não mais resistiu e eu voltei. Voltei, mas não me conformei, voltei, mas não aceito, quero meu corpo de volta, minha vida, minha família e meu amor, como viver sem ele?
Não sei a quanto tempo estou aqui, as vezes parece que foi ontem, outras vezes que já são varias décadas, não sei, perdi a noção de tempo.Como é ruim a situação em que me encontro. Preciso de ajuda, tenho que encontrar meu noivo, ele precisa saber que eu não quero vê-lo com ninguém, que ele é meu e eu não aceito dividir esse amor.
Tenho medo de que o tempo o faça esquecer-se de mim, não vou suportar mais essa dor. Ajudem-me, preciso encontrá-lo, preciso muito, olhem para mim, estou um farrapo, não consigo manter-me de pé, mas a cabeça, essa não para de funcionar, quero parar de pensar, quero parar de sentir, já que não posso mais retornar ao meu corpo, então quero morrer de verdade, deixar de existir? Será pedir muito?
Me sinto revoltada, estou triste, suja, esfarrapada, não suporto mais viver assim.
Preciso de ajuda!

           Soraia. 

            Psicografia recebida em 2016.                                     

            Médium:  Débora S C

sábado, 8 de outubro de 2016



SUICÍDIO, UM ATO TENEBROSO.

A se eu soubesse...
Que cada manhã fosse tão importante.
Se eu soubesse que cada dia é uma dádiva.
Se eu soubesse...
Se eu soubesse que viver era tão importante.
Que meu egoísmo, minha rebeldia era tudo inútil.
Se eu soubesse que acordar toda manhã era tão magnífico.
Que trabalhar era tão prazeroso...
Porque reclamei tanto? Por quê?
Por rebeldia findei meus dias.
Por rebeldia hoje sofro.
Por incredulidade descobri que por maiores que fossem meus problemas, nada, nada valeria esse sofrimento...
Se eu soubesse que morrer era tão doloroso, nunca faria o ato tenebroso que cometi.
Hoje acredito no erro que cometi, hoje, depois que acordei para os meus problemas, orei a Deus e nessa oração a luz se fez presente.
Hoje peço perdão a Deus e a minha família e que um dia possa reparar o grande equivoco que cometi.

Danilo.

            Psicografia recebida em  2016.                                     
            Médium: Luciano C.

sábado, 1 de outubro de 2016


É POSSÍVEL  SER AMADA

“Se essa rua fosse minha, eu mandava, eu mandava ladrilhar com pedrinhas com pedrinhas de brilhante, só pra ver o meu amor passar...” Eu era tão pequena e vivia a cantarolar pelas ruas do lugarejo onde vivia, eu acreditava em príncipe encantado e sentia que viveria um grande amor, um amor de conto de fadas, com um final feliz e com a mesa farta e com os filhos e netos reunidos no almoço de domingo.
Cresci com essa intuição e já com idade boa pra casar, como dizia minha mãe: - Já está na idade de casar, eu digo boa, e pare de pensar que o príncipe vai chegar e vai ser o seu grande amor, tudo ilusão minha filha querida e sonhadora.
Mas eu acreditava que seria sim muito feliz e teria filhos lindos e amáveis, enfim tudo aconteceu tão rápido que casei com um homem que só vi um dia e no outro eu já estava casada, um escolhido pelo meu pai, um bom homem, de família boa e tem terras produtivas. Você vai ter aquela mesa farta que tanto fala, palavras de meu pai.
E assim foi o meu príncipe escolhido pelo meu pai, onde não havia nenhum encantamento, nenhum cavalo branco e nem um castelo. A minha realidade começou na noite de núpcias, fui violentada e como não podia falar nada, a violência foi cada dia mais cruel, fui maltratada e humilhada de todas as formas, mas eu não era uma pessoa que desejava mal e nem comentava nada com minha família. Todos achavam que eu realmente tinha encontrado o meu grande amor.
E fui vivendo conforme eu era imposta, fiquei grávida e achei que seria amada pelo filho que estava em meu ventre, e assim com seu amor o sofrimento seria mais doce e teria um bom motivo para viver, pois coloquei no mundo uma pessoa que me amaria e principalmente ia me proteger de todo mal.
Mas com o tempo meu filho foi crescendo e fui vendo que seu caráter era igual ao do pai, arrogante, cruel com os empregados e gostava de fazer os outros perderem tudo com sua ganância.
Eu fui desanimando com tudo e me entreguei a bebida, eu ia para o meu quarto e bebia e passei a viver um sonho de princesa e príncipes com castelos e cavalos brancos e livres, vivi nesta ilusão por muitos anos até que fui internada em um hospital de loucos e fiquei por longos anos.
 Me recuperei, trabalhei no hospital como voluntária e não mais voltei para casa. Um dia eu no jardim cuidando de um interno fui tocada por um homem educado, feliz e que queria conhecer o seu grande amor e nos conhecemos, nos amamos. E eu felizmente encontrei o meu grande amor, num momento onde eu já não mais acreditava que seria possível eu viver.
Hoje sei que é possível sim ser amada, respeitada e principalmente ser ouvida por um homem que não seja cruel.

Cecília da Cruz Avelar.
 
 Psicografia recebida em 2016.

             Médium: M. Nicodemos.