sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020



PORQUE  ME  MATARAM?



Queria hoje dizer a todos que possam ler minhas impressões um pouco da minha história.
Por muito tempo me perguntei, porque me mataram? Porque fui tirado da vida de forma tão brusca e rápida, por quê?
Essas indagações no início fizeram-me muito mal, revoltei-me, blasfemei, vaguei e com isso sofri.
A revolta fez com que eu me prendesse àquele momento, o tiro que ceifou minha vida, jamais parou, o estampido da arma ecoava dia e noite e a dor e o sangue jamais estancavam.
Da revolta passei a situação de coitado, sentia-me um injustiçado em ser esquecido por Deus, e aí, também sofri.
Foram tantos anos que não consegui mensurar a quantidade, de homem e pai de família tornei-me um trapo humano, que tinha as vestes esfarrapadas e sujas de sangue.
Um dia, quando já não mais tinha força ou mais vontade de existir, roguei a Deus que tivesse piedade de mim e naquele momento um novo tempo se abriu. Um grupo de trabalhadores do bem, com a permissão de Deus, buscou-me e fui levado para um local onde passei por um longo tratamento e com a ajuda de tão abnegados irmãos consegui me reerguer.
O tempo passou e hoje com a graça de Deus posso estar aqui e dizer a vocês que tenham fé.  Vocês  NUNCA estão sozinhos, acreditem sempre.
Não duvidem da Misericórdia de Deus e de Jesus, a vida é cheia de altos e baixos.
Hoje entendo que aquele ato que revoltou-me, fui eu artífice daqueles acontecimentos, hoje perdoo aquele irmão e rogo a Deus que ajude-o a ser feliz e crescer.
A vida sempre vale a pena e com Deus ela é plena.

Josué.

Psicografia recebida em 2020.                                     
            Médium: Luciano.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020



MORTA  E  ENVERGONHADA
 
  
Como se dizia, no meu tempo, nunca fui uma boa alma. Devo ser sincera em meu desabafo: por um tempo, depois de meu desencarne, vaguei por aqui e ali, ora distribuindo pilhérias aos mais suscetíveis, ora aterrorizando apenas pelo prazer de diverti-me como sofrimento alheio. Fui longe nesse caminho de ilicitudes contra as leis de Deus.
Associei-me a uma malta de desajustados de todo gênero: viciados, alucinados, cínicos e depravados. Consorciei-me com as sombras e juntamente com aquele bando execrável levei a discórdia, a injúria e o crime aos lares mais frágeis.
 Onde escasseava a oração e a compaixão pelo próximo, nossa entrada era mais facilitada. Onde frutificavam os sentimentos rebaixados e as sensações primitivas, nossa permanência era duradoura. E onde, o vicio do álcool ou das drogas campeavam, também ali, nos satisfazíamos no prazer consorciado com os encarnados.
Devo dizer que permaneci perdida e desorientada, aviltando os sentimentos mais puros que pudessem inesperadamente surgiu em minhas vitimas.
Trabalhei pelo mal de meu semelhante e assim teria permanecido se um dia a súcia de malfeitores qual fazia parte não houvesse entrado em um casebre tosco num lugarejo esquecido nos recônditos de minha mente. O objetivo era o mesmo: invadir o terreno, conquistar pela disseminação da hostilidade e sorver as melhores energias existentes e partir, como sempre o fazíamos, deixando para trás uma família estraçalhada, um pai alquebrado, ou uma mãe envergonhada.
Lá, porém, à vista da imensa e pobre família reconheci, não sei como aquela pobre criatura maltrapilha e já bastante castigada pelo ócio e pelo vício minha mãezinha querida que, em outra vida, me acalentava em seu seio materno esforçando-se por dar-me do leite já seco pela escassez de nutrientes em seu próprio corpo.
Lembrei-me, em desespero, nas noites gélidas quando à mingua de outro recurso enrolava-me entre jornais sujos na insistência de manter-me aquecido e vivo o frágil corpinho. Recordei das noites de pranto, em que meu ventre faminto clamava pelo alimento inexistente e contemplei, de repente, o quanto enchia-me de amor e esforços por meu futuro.
Envergonhei-me pelo caminho percorrido até ali. Tive ânsias de simplesmente desaparecer, deixar de existir. Também chamei por perdão por todo malfeito e tentei carregar comigo em meus braços, como ela fizera um dia, aquele minguado corpinho, tão judiado...
Desde, então, procuro na luz de Cristo e não mais nas sombras o caminho a seguir. Fui amparada por amigos que nem imaginava existir e hoje estagio em colônia espiritual próxima onde procuro reatar laços familiares e afetivos que eu mesma destrocei.
Tenho, ainda, um longo caminho a percorrer e nem mesmo sei se sou digna de estar aqui, neste lar de equilíbrio e misericórdia. Mas tenho fé e creio que poderei resgatar-me do fundo do poço espiritual em que infelizmente meti-me.
Que Jesus nos abençoe a todo e peço perdão a todos que maltratei.           
                       
Aline.                                                         
                                                         
Psicografia recebida em  2020.                                      
            Médium: Paula.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020


A MÉDIUM  NO  UMBRAL

  

            Risos, vozes, gargalhadas, um tumulto, uma confusão. Lama, desespero e um movimento inequívoco de fugir sem conseguir sair do lugar.
             Que lugar horrível, que lugar é esse, eu me perguntava.
              São seus pensamentos, é sua energia, eles respondiam mesmo eu achando que ninguém poderia me ouvir.
            Chorei muito. Tentaram me pegar. Queriam me por para trabalhar para eles, mas eu sempre me escondia. Não tinha noção que isso poderia acontecer comigo.
              Em vida não fui uma pessoa das melhores. Mexi com magia negra. Achava mágico ter o poder de dominar os outros e acreditava que isso persistiria depois da morte. Mal sabia que estava em maus lençóis.
             Não tinha mais o que fazer, as forças já me esgotava, os pensamentos me atormentavam. O desespero tinha me dominado.
         Vi ao longe uma equipe de branco, que só de olhar me trouxe paz. Mas ela sumia e aparecia. Aqueles seres daquele lugar também não queriam que eu saísse dali, não queriam me permitir que mudasse a minha vibração. Era cômodo, pois eles me sugavam as energias.
             Mas eu orei em direção as pessoas de branco e supliquei ajuda para me tirar dali e antes mesmo que eu entendesse o que tinha acontecido eu apaguei.
        Não me lembro de mais nada até acordar aqui, onde estou agora. Um hospital de recuperação. Fui submetido a tratamentos intensivos, retirada de energias pesadas, coisas ruins aderidas ao meu perispírito.
             Estou me recuperando, passando por terapias e entendendo do quanto me desvirtuei do meu proposito na vida. Em vez de seguir o caminho do Cristo, fui para o caminho do dinheiro, das facilidades, do ego e poder.
             Ainda tenho muito a refletir e aprender por aqui. Isso foi erro grave da minha parte. Só agora entendi que com mediunidade não se brinca, pois as consequências são serias e a conta é alta.
           Só consigo hoje agradecer a Deus por ter me tirado daquele lugar assustador e rogar perdão pelos meus erros.
             Por isso médiuns, meu objetivo aqui hoje é contar o meu relato para alertar-lhes: Não se desviem do caminho do bem, da missão que Deus lhes concedeu! Aproveite a oportunidade porque tudo lhe será cobrado e se fizestes coisas boas, em Cristo, a recompensa é paz e aprendizado.
             Fiquem em paz! Que Jesus os abençoe.
             Com carinho.

             Ana Maria.
    
Psicografia recebida em 2020.                                      
            Médium: Ana.