quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Juventude no Além

 

JUVENTUDE NO ALÉM 
                                                                                   

              A música sempre representou para mim uma coisa maravilhosa. Com a música eu sempre ia às alturas, quando vivo.
              Naquele dia eu estava muito feliz, e ouvia uma fita cassete. Me sentia muito realizado, tudo estava dando certo para mim. A família, o trabalho e eu também.
             Ia esperar o ônibus no ponto mais perto de minha casa. Fui levado a ficar muito próximo de um poste, onde a sombra me protegia, pois o sol estava bem quente. Foi quando ouvi um estampido e não vi mais nada.
            Mais tarde eu soube que foi um acidente, onde varias pessoas saíram feridas, mas eu fui morto naquele acontecimento.
            Não morri na hora, mas depois ao dar entrada no hospital (soube por outras pessoas).
            Meu Deus! Eu tão jovem ainda, com tantos planos, como pode? Mas foi isso mesmo que aconteceu.
            Depois disso eu fiquei meio confuso sem entender o que se passava. Fui levado para outro lugar, para um hospital muito grande e lá fui tratado.
            Quanto tempo lá fiquei, eu não sei. Mas sei que o tratamento foi muito bom. Ainda estou em recuperação.
            Aqui aprendo muitas coisas, uma das mais importantes é que a morte não existe e que encontraremos em outras vidas as pessoas que foram da nossa convivência anteriormente.
            Sou jovem ainda, e hoje eu frequento (como espírito) as reuniões dos jovens da casa que vocês também frequentam: O Instituto de Difusão Espírita.
            Não posso deixar de dizer a vocês é que tudo tem uma causa justa e se eu morri daquela forma foi porque houve uma causa que ainda não sei qual é, mas certamente saberei. 

           Um abraço fraternal do Jovem,

           João Carlos.

           Psicografia recebida em 2020.
           Médium: Catarina.


quinta-feira, 20 de agosto de 2020

O Moleque e o Carinho

 

O MOLEQUE  E  O CARINHO


É com muito carinho que estou aqui, carinho porque hoje sei o verdadeiro significado desta palavra.
Fui uma criança com muitos irmãos e vivi em completa pobreza, nós éramos carentes de tudo, tudo mesmo, amor, atenção, dinheiro, moradia, comida, enfim vocês têm noção de toda a dificuldade de uma família que vivia em uma favela sem nenhum recurso.  Meu pai era um alcoólatra, minha mãe sofredora e passou a usar drogas pesadas, mas eu acho que era para fugir da realidade. Eu e meus irmãos nem sei, parece que os acontecimentos em que eu vivi, em determinado tempo de minha vida não existiu, eu não consigo lembrar. Sei que fui para as ruas e meus irmãos para o abrigo de menores que fazem coisas erradas.
Eu muito pequeno nas ruas, as pessoas me davam atenção e muitas das vezes matavam a minha fome, não de comida mais de me sentir gente, de ser olhada, mesmo com um olhar de desdém, mais eles estavam me vendo, sabiam que eu existia e isso para mim era muito importante, muitas das vezes eu me perguntava: por quê? Meu Deus, porque eu fico vivo nesta miséria e não morro de fome ou de frio. Que propósito você tem para mim?
Numa noite muito fria eu achei que não ia resistir, mas resistir e uma mulher muito bonita veio ao meu encontro e se encantou comigo, encantou mesmo,pois não tinha nada para oferecer a ela.
Ela olhou para mim e disse?
– Como você chama? Eu disse:
– Não sei, pois não lembrava mais o meu nome, sou um moleque é como todos me chamam aqui.
– Você que ter um lar?
– Como um lar? Você não me conhece, é melhor a senhora ir embora daqui, é muito perigoso.
– Não vou, quero a sua resposta, você quer ter um lar?
– Eu gritei, eu quero, eu quero é o que eu mais quero.
– Então venha e fui e....
E hoje entendo que não resisti ao frio, eu desencarnei isso mesmo desencarnei e fui ter o meu lar aqui, num mundo de luz, de esperança, de renovação e de renascimento.
E digo a todos vocês que aqui eu aprendi o que é ter carinho e receber carinho.
Fui uma criança de rua, mas resisti a tudo de errado, não me droguei, não roubei e não bati em ninguém. Consegui ser um menino do bem.
Muito obrigado pelo carinho e atenção.
              Um menino do bem.

              O Moleque.     

 Republicação 2020.
 Médium:  M. Nicodemos

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

JÁ ESTAVA ESCRITO

                        ESTAVA  ESCRITO



Querida Mãe.

Quando acordei do sono da morte, descortinei um horizonte novo, fui aqui recebido pela minha vovó Cândida, que de início me trouxe grande espanto, mas confiando na bondade dela tudo entendia.
Na noite, tudo já estava escrito, eu não tinha como fugir do meu destino, a moto que tanto temia, foi somente o instrumento de minha passagem, e aquele pobre caminhoneiro não teve culpa alguma, era necessário e planejado aquele acidente, para que eu pudesse acertar erros do passado.
Mãe não chore, eu estou bem, não sinto nada e queria vê-la sorrindo novamente, esforce você consegue e em breve nos reencontraremos, mas, por favor, tenha força e não abrevie seu tempo, eu estou bem.
Peço a benção ao meu querido pai e a meus amados irmãos.
Confie na Providência Divina que a todos não desampara.
Querida mãe eu te amo e amo todos os nossos.
Sua benção.
    
  Felipe.

  Republicação 2020.                        
             Médium: Luciano.

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Flores morrem

FLORES NASCEM FLORES MORREM


           Meu pai.
         Porque ficar desalentado com minha morte? Flores nascem flores morrem. Nem sempre as flores dão frutos e sementes.
          Assim fui eu. Jovem, tranqüilo, confiante, observador... Mas não observei que alguma coisa não ia bem em mim. Comecei a me sentir meio fraco e triste, mas não disse a ninguém. Minha mãe notou, mas eu não disse nada.     
       Estudava como qualquer um, mas estava muito aborrecido e desanimado com os estudos. Comecei a ficar pior, quando alguém disse que deveria procurar um médico. Minha mãe me levou. Exames, exames e exames.
        Quando o médico viu, eu notei um ar de preocupação em seu olhar. Era uma doença grave: leucemia.
     Chamaram-me e com muitos rodeios me disseram e falaram também que eu ia ser hospitalizado. Muitos tratamentos, mas seria necessário um transplante de medula. Fiquei internado muito tempo e durante esse tempo minha mente não parava: por quê? 
         Nem sempre compreendemos, mas durante aquele tempo fui preparado e acredito que vocês também foram preparados, mas não aceitavam o fato.     
         Um dia acordei muito ofegante, o oxigênio me faltava, houve uma correria e fui para UTI. Lá estranhei bastante porque eu nunca vi tanta gente me ajudando. Nada valeu e eu morri.
         Mamãe se desesperou, falou blasfêmias: “Onde estava Deus que me levou tão jovem”? Por quê? Meu Deus!
         Daí a pouco não vi mais nada... Fui levado de maca para um lugar que não sei falar onde fica. Tudo muito limpo e muito agradável. Meu corpo já não doía e eu estava bem. Fui cuidado por dois jovens que me falavam de vida eterna, de consolações, de alegrias vindouras e que me diziam que breve eu me recuperaria.
      Será que não precisaria mais do transplante? Disseram que não, que o corpo que estava doente foi descartado e que o corpo que eu possuía era perfeito, não necessitava de transplante.
      Dormi tranqüilo e sossegado e até hoje sinto muito bem. Faço excursões com amigos que conheci agora e às vezes vou à casa de vocês. Vejo-os, acaricio-os, mas não me vêem.
      Sou como uma plantinha ainda, porém saudável e espero novamente estar no convívio de vocês muito breve.
        Um abraço de carinho do filho
        Dudu.
                                                        
 Republicação 2020.                                    
 Médium: Catarina.