domingo, 26 de abril de 2015


LAMENTOS  NO  SEPULCRO


Uma rosa você leva para o meu túmulo, mais o que faz você em lugar onde não existe vida, somente o pó.
 Eleve seu pensamento em mim que sofro, que a angustia me invade o meu coração, saudades, pensamentos que me torturam o tempo todo. Um pensamento somente é que eu quero com carinho e com sentimentos puros de amor.
O que faz você aí sentado, chorando, demonstrando arrependimento de coisas que deixou de fazer por mim. Ore a Deus por mim, peça um socorro de misericórdia, eu preciso muito, muito mesmo de ouvir você. 
Quando vai brotar em seu coração a fé, a fé que eleva os nossos pensamentos, que nos da força e coragem em nossa caminhada, crê em Deus meu filho, não perca mais tempo.
Não quero sentir seus lamentos em meu sepulcro, quero ver atitude de coragem, força e determinação.
Eu não volto mais a essa vida que você está meu filho. Para de fazer pedidos a Deus que não vão se cumprir, peça que eu tenha condições de estar perto de você quando a sua hora chegar, que eu possa estar  te esperando de braços abertos e com todo o meu amor para lhe dar.
Eu aqui estou fazendo a minha parte, estudo, oro e continuo a pedir por ti, que a misericórdia de Deus possa invadir seu ser e fazer brotar a fé e a vontade de buscar uma religião onde encontrará um lar e pessoas que irão te envolver e conquistar a sua atenção e fazer reviver à fé em um Deus maravilhoso e caridoso que nos fez com tanto carinho e com riquezas de detalhes.
Um grande e delicioso abraço para você, que tanto quero bem.
Felicidades.

Do seu pai Carlos.

Psicografia recebida por 
            Médium:  M. Nicodemos.

domingo, 19 de abril de 2015


ANTES  DE  PASSAREM  PELA  MORTE

                Há algum tempo eu venho até aqui, nesse trabalho interessante e consolador que vocês realizam. Sempre desejo escrever também, mas sinto-me inibida e pobre de assunto, porque nunca me instruí o suficiente para enfrentar o vazio da morte. Criatura comum, nunca me senti a vontade diante das explicações que sempre ouvia, sobre a vida eterna e achava mesmo isso uma bobeira tão grande que nunca me aprofundei no assunto.
               Morri com uma idade avançada. Despertando em algum momento que não sei precisar, senti-me incomodada por não encontrar-me na minha casa junto aos familiares. Perambulei e me perdi por um longo tempo, onde pude encontrar criaturas as mais diversas, mas todas desequilibradas e cobrando da família a presença que não tinham.
             Comecei então a lembrança do passado, onde sempre ouvi falar do auxílio e da vida que não terminaria jamais. Tentei rezar, mas não sabia. Tentei conversar com aqueles que de mim se aproximavam, mas sem resultados positivos. Eram todos confusos, desmemorizados e muitas vezes atormentados. Que fazer?
               Senti-me tão só, que tive medo de tudo e esse medo me aterrorizava como se tivesse enlouquecendo. Então chorei, chorei muito e na minha ignorância e sofrimento, comecei a conversar a esmo. Dizia assim “se é mesmo verdade que eu morri e não morri, aquele que puder me ajudar, eu estou pedindo socorro”. E por muito tempo, por um tempo que não posso determinar, minhas suplicas se perdiam totalmente.
              Sofri muito, chorei muito e supliquei muito. Não sei precisar o tempo, mas houve um momento que eu percebi alguém, diferente de todos os outros, a me tocar o ombro e a convidar-me a segui-lo. Aconchegada àquele “anjo”, supliquei ainda uma vez a sua atenção e ele, pacientemente falou comigo do que eu conseguiria entender. 
             Hoje, encorajada pelo auxilio que recebi, deixo o meu depoimento, para que as pessoas que me lerem sejam mais espertas do que eu fui e busquem o aprendizado antes de passarem pela morte do corpo físico, afim de não sofrerem o que sofri.
            Estou feliz de deixar esta mensagem e ficarei mais feliz ainda se pelo menos uma pessoa conseguir entender a ajuda que quero deixar.
             Fiquem com Deus.
         Sou alguém que orgulhosamente sustentou uma verdade que quis, sem questionar, sem perceber a pequenez de que se revestia.
             Agradecida, deixo-lhes meu abraço.
           
             Maria da Glória.
                

             Psicografia recebida em reunião de psicografia em 2015.
             Médium L. Ferreira.

domingo, 12 de abril de 2015


PEGAVA NO VOLANTE E CORRIA...

Jovens, saibam aproveitar suas mocidades. Não deixem que o tempo escoe em vossas mãos sem nenhum ato de nobreza.
Eu aproveitava, mas não sabia aproveitar: bebia, fumava e o pior de tudo sem um limite. Pegava o carro e corria... Como eu adorava aquela sensação da velocidade! E como minha mãe me recomendava: filho cuidado! Eu achava aquilo uma carolice
E aconteceu. Tudo parou, o carro bateu, graças à Deus não foi em um outro carro, mas numa árvore. Vi quando o resgate chegou, mas vi também que nada puderam fazer, e eu desesperado não queria morrer.
Mas morri. O tempo passa para quem está na terra encarnado e para nós desencarnados também, porém em uma outra dimensão.
Hoje sei, que aquelas lições preciosas que minha mãezinha me deu, as orações e o catecismo me valeram muito.
Lembrei-me delas e hoje posso dizer que não sinto mais tristezas, só saudades. Mas minha prima Lila está comigo e me auxilia. Estou bem na verdade.
Rezem por mim, mas sem revolta e sem alardes. Abraços, beijos a todos, especialmente em minha mãezinha que todos os dias chora por mim.
Estou bem, repito, mas fiquem bem para que eu também possa me sentir melhor.
O meu tempo se cumpriu, se não fosse do jeito que “morri” seria de outro. Diga a minha mãe que eu não me suicidei, conforme ela pensa, mas tinha que ser.
Aos meus amigos e colegas: João, Mateus e outros, minha gratidão.
Agradeço as flores.
Abraços.
João Manoel.

                                                        
Psicografia recebida em Reunião de Psicografia abril de  2015.                                      

            Médium:  Catarina.

domingo, 5 de abril de 2015


SOCORRO E RESGATE

Quero muito agradecer. Nem sei bem por onde começar. Cheguei aqui aos tropeços, inconsciente, um farrapo humano. Não compreendia o que ocorria, lembrava-me vivamente do leito do hospital, das luzes da sala operatória e dos vultos, que iam e viam, discutindo meu estado critico e minhas chances. Pensavam que não podia ouvi-los, porque, se soubessem, penso que não diriam de mim como se não tivesse medos, angustias e sentimentos. Ouvia os piores presságios a meu respeito e nada podia fazer. Sentia-me culpado quando falavam do corpo doente e desgastado que me levara àquela situação.
Aos poucos momentos de alivio sentia quando à minha cabeceira alguém muito querido se dispunha a uma oração sincera. Sentia-me nesses momentos anestesiado de minha angústia constante, aliviado das dores que me assolavam e aumentavam aquele martírio.
 Lembro-me, certa vez, de uma visita inesperada adentrava na sala que dividia com outros enfermos um ser luminoso, de vestes alvas e semblante calmo. Aproximou-se de cada leito estendendo suas mãos e deixando cair uma chuva de luzes, nem sei bem como descrevê-las. Com ele estavam dois outros que pareciam formar equipe de aprendizes. Quando aproximaram-se de meu corpo inerte, todo ligado àqueles aparelhos, ele sorriu ternamente, lançado-me um olhar de confiança e conforto como a dizer-me que tudo terminaria logo. Estendeu suas mãos naquele gesto e feito seu trabalho deixou-nos desaparecendo no ar.
Caí em sono profundo e quando despertei já não tinha aqueles tubos e aparelhos ao meu corpo. Descansava em sala ampla junto a outros como eu. À minha cabeceira, ao contrario da parede fria e lúgubre do hospital havia uma janela que dava para um jardim coberto de flores e árvores. Lá fora as pessoas caminhavam, sentadas conversavam ou simplesmente apreciavam a paisagem. Até o ar que invadia meus pulmões antes  saturados pelo vício parecia ter eflúvios salutares que proporcionavam calma a cada inspiração.
Por tudo que passei e ainda passo, venho aqui para agradecer brevemente a misericórdia que tenho recebido. Ajuda encontrada me veio pelas mãos de muitos que sequer soube os nomes.
Pelos anônimos que trabalham com amor e generosidade deixo esta minha mensagem-relato para que continuem, com o permissão de Deus, o trabalho silencioso de socorro e resgate.       
Muito obrigado a todos.     
          
                        Djair.                                                         
                                                         
Psicografia recebida em Reunião de Psicografia em  2015.                                     
            Médium:  Ana Paula