TRANSMUTAÇÃO
Ora, nem sei bem por onde começar. Naquela tarde chuvosa de outono, no
encanto da idade, por dizer assim, deixei para traz o corpo já cansado pelas
adversidades. Naquela época pouco compreendia o que ocorria ao meu redor e o
choro convulsionado de meus pais e familiares mais contribuía para o
prolongamento do meu estado mórbido. Tanta revolta e irresignação agrediam-me o
coração igualmente amargurado. Se tivessem podido transmudar as lagrimas e
imprecações em orações dadivosas talvez meu reequilíbrio se fizesse mais
ágil.
Contudo, como julgar papai e mamãe, que, de
alma e coração dilacerados, vertiam rios de lágrimas? Como julga-los se a
doenças retirava de seus braços ternos a doce companhia de sua filha? Que pai e
mãe teriam equilíbrio e sensatez em hora tão amarga.
Se, contudo, escuras sombras cobriam, nos
primeiros meses, suas almas aflitas, eu, por minha vez, recuperava a sanidade
outrora perdida pouco antes da “transmutação” da carne. Como soa melhor esta
palavra àquela mais preferida por todos: “desencarnação”. È que, para mim a
carne apenas transformara-se em pura energia espiritual e, como a lagarta que
precedera a borboleta, vi-me, aos poucos deixando no passado o corpo frágil e
febril para assumir minha forma de hoje.
Ocupo este espaço para brevemente enviar
meus abraços saudosos aos meus parentes, mas, também, para agradecer a todos
aqueles que, neste, como noutro plano, oraram e contribuíram para minha
ascensão.
Encontro-me bem agora e mais forte e preparada
para nova jornada que espero com paciência e resignação quanto às novas
adversidades que terei de passar para recompor meu passado estéril e faltoso.
A todos o meu muito obrigado.
Clarice.
Psicografia recebida em Reunião de
Psicografia em 2014.
Médium: Ana Paula.
Oi td bem? Gostaria de receber cartas dos
ResponderExcluirmeus entes querido meu avô Orestes Alves
Ribeiro 72anos ele faleceu em 31/08/ 2010
estava bem doente,e da minha vó Maria
Cecilia Caetano Moreira 12/03/2011 e da
minha amiga Jaqueline Aparecida da silva
gregorio