MORTA E ENVERGONHADA
Como se dizia, no meu tempo, nunca fui uma
boa alma. Devo ser sincera em meu desabafo: por um tempo, depois de meu
desencarne, vaguei por aqui e ali, ora distribuindo pilhérias aos mais suscetíveis,
ora aterrorizando apenas pelo prazer de diverti-me como sofrimento alheio. Fui
longe nesse caminho de ilicitudes contra as leis de Deus.
Associei-me a uma malta de desajustados de
todo gênero: viciados, alucinados, cínicos e depravados. Consorciei-me com as
sombras e juntamente com aquele bando execrável levei a discórdia, a injúria e
o crime aos lares mais frágeis.
Onde
escasseava a oração e a compaixão pelo próximo, nossa entrada era mais
facilitada. Onde frutificavam os sentimentos rebaixados e as sensações
primitivas, nossa permanência era duradoura. E onde, o vicio do álcool ou das
drogas campeavam, também ali, nos satisfazíamos no prazer consorciado com os
encarnados.
Devo dizer que permaneci perdida e
desorientada, aviltando os sentimentos mais puros que pudessem inesperadamente
surgiu em minhas vitimas.
Trabalhei pelo mal de meu semelhante e
assim teria permanecido se um dia a súcia de malfeitores qual fazia parte não houvesse
entrado em um casebre tosco num lugarejo esquecido nos recônditos de minha
mente. O objetivo era o mesmo: invadir o terreno, conquistar pela disseminação
da hostilidade e sorver as melhores energias existentes e partir, como sempre o
fazíamos, deixando para trás uma família estraçalhada, um pai alquebrado, ou
uma mãe envergonhada.
Lá, porém, à vista da imensa e pobre família
reconheci, não sei como aquela pobre criatura maltrapilha e já bastante
castigada pelo ócio e pelo vício minha mãezinha querida que, em outra vida, me
acalentava em seu seio materno esforçando-se por dar-me do leite já seco pela
escassez de nutrientes em seu próprio corpo.
Lembrei-me, em desespero, nas noites
gélidas quando à mingua de outro recurso enrolava-me entre jornais sujos na insistência
de manter-me aquecido e vivo o frágil corpinho. Recordei das noites de pranto,
em que meu ventre faminto clamava pelo alimento inexistente e contemplei, de repente,
o quanto enchia-me de amor e esforços por meu futuro.
Envergonhei-me pelo caminho percorrido até
ali. Tive ânsias de simplesmente desaparecer, deixar de existir. Também chamei
por perdão por todo malfeito e tentei carregar comigo em meus braços, como ela
fizera um dia, aquele minguado corpinho, tão judiado...
Desde, então, procuro na luz de Cristo e
não mais nas sombras o caminho a seguir. Fui amparada por amigos que nem
imaginava existir e hoje estagio em colônia espiritual próxima onde procuro
reatar laços familiares e afetivos que eu mesma destrocei.
Tenho, ainda, um longo caminho a percorrer
e nem mesmo sei se sou digna de estar aqui, neste lar de equilíbrio e misericórdia.
Mas tenho fé e creio que poderei resgatar-me do fundo do poço espiritual em que
infelizmente meti-me.
Que Jesus nos abençoe a todo e peço perdão
a todos que maltratei.
Aline.
Psicografia recebida em 2020.
Médium: Paula.
nunca é tarde para se arrepender...nunca é tarde para se aproximar de deus
ResponderExcluirEla terá de dar tudo se si para anular os males que ela fez às tais famílias.
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ResponderExcluirBom dia!
Gostaria muito de uma carta do meu filho Felipe de Castro Alves Damaso, que nasceu dia 22/11/1997 e desencarnou no dia 26/10/2019, moramos na cidade de Sorocaba/SP... 🙏🏻🙏🏻
Vamos pedir por ele.
ExcluirQuando leio essas cartas em algum momento sinto-me como se fosse eu que estivesse ali. Luz e paz para todos nós.
ResponderExcluirJá fez um mes que meu filho de 22 anos nos deixou um sofrimento angústia um vazio toma conta de meu coração e gostaria muito de saber o que aconteceu preciso de respostas o nome dele Luiz Ferreira da Silva Filho desencarnou 05/02/2020 nasceu 08/09/1997😭😭😭😭😭😭😭😭😭😭😭😭😭😭
ResponderExcluirLendo essas cartas fortalece meu discernimento de que a continuidade permanece e que con sigo entender melhor alguns questionamentos que se passam em minha mente.Obrigada por compartilhar. Tenho um irmão que asceu no dia 22/02/1973 e desencarnou no dia 18/12/18 ,chama-se Cícero Pereira de Castro Junior ,gostaria de notícias dele.
ResponderExcluirVamos pedir por ele
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