Meu pai.
Porque ficar desalentado com minha morte? Flores nascem flores morrem. Nem sempre as flores dão frutos e sementes.
Assim fui eu. Jovem, tranqüilo, confiante, observador... Mas não observei que alguma coisa não ia bem em mim. Comecei a me sentir meio fraco e triste, mas não disse a ninguém. Minha mãe notou, mas eu não disse nada.
Estudava como qualquer um, mas estava muito aborrecido e desanimado com os estudos. Comecei a ficar pior, quando alguém disse que deveria procurar um médico. Minha mãe me levou. Exames, exames e exames.
Quando o médico viu, eu notei um ar de preocupação em seu olhar. Era uma doença grave: leucemia.
Chamaram-me e com muitos rodeios me disseram e falaram também que eu ia ser hospitalizado. Muitos tratamentos, mas seria necessário um transplante de medula. Fiquei internado muito tempo e durante esse tempo minha mente não parava: por quê?
Nem sempre compreendemos, mas durante aquele tempo fui preparado e acredito que vocês também foram preparados, mas não aceitavam o fato.
Um dia acordei muito ofegante, o oxigênio me faltava, houve uma correria e fui para UTI. Lá estranhei bastante porque eu nunca vi tanta gente me ajudando. Nada valeu e eu morri.
Mamãe se desesperou, falou blasfêmias: “Onde estava Deus que me levou tão jovem”? Por quê? Meu Deus!
Daí a pouco não vi mais nada... Fui levado de maca para um lugar que não sei falar onde fica. Tudo muito limpo e muito agradável. Meu corpo já não doía e eu estava bem. Fui cuidado por dois jovens que me falavam de vida eterna, de consolações, de alegrias vindouras e que me diziam que breve eu me recuperaria.
Será que não precisaria mais do transplante? Disseram que não, que o corpo que estava doente foi descartado e que o corpo que eu possuía era perfeito, não necessitava de transplante.
Dormi tranqüilo e sossegado e até hoje sinto muito bem. Faço excursões com amigos que conheci agora e às vezes vou à casa de vocês. Vejo-os, acaricio-os, mas não me vêem.
Sou como uma plantinha ainda, porém saudável e espero novamente estar no convívio de vocês muito breve.
Um abraço de carinho do filho
Dudu.
Republicação 2020.
Médium: Catarina.
Que benção
ResponderExcluirMt luz na nova morada desse jovem e conforto p seus familiares
Quem sabe meu marido um dia receba uma cartinha de seu filho Rodrigo Soares Cherem que partiu desse mundo agora dia 11 de julho
Saúde Paz e Luz a todos
Obrigado pelo comentário. Anotei os dados e levarei pra reunião assim que voltarmos. Estamos de recesso por do coronavirus. Que Jesus te abençoe.
ResponderExcluirOlá, paz e luz a todos. Foi bom ler as palavras do Dudu. Tive uma perda há 04 meses e ainda tento seguir. A saudade é do tamanho do céu, as vezes um vazio imenso, uma dor... mas foi reconfortante o que o Dudu disse. Muito obrigada, queridos. De coração.
ResponderExcluirBoa noite. Gostaria de receber uma mensagem do pai do meu filho - Roberto José de Rezende Filho que desencarnou em 30/10/2014.
ResponderExcluirMuito obrigada.
Lívia Mara Araujo Moreira
liviamamoreira@gmail.com