sexta-feira, 28 de novembro de 2014


TRANSMUTAÇÃO

    Ora, nem sei bem por onde começar. Naquela tarde chuvosa de outono, no encanto da idade, por dizer assim, deixei para traz o corpo já cansado pelas adversidades. Naquela época pouco compreendia o que ocorria ao meu redor e o choro convulsionado de meus pais e familiares mais contribuía para o prolongamento do meu estado mórbido. Tanta revolta e irresignação agrediam-me o coração igualmente amargurado. Se tivessem podido transmudar as lagrimas e imprecações em orações dadivosas talvez meu reequilíbrio se fizesse mais ágil. 
Contudo, como julgar papai e mamãe, que, de alma e coração dilacerados, vertiam rios de lágrimas? Como julga-los se a doenças retirava de seus braços ternos a doce companhia de sua filha? Que pai e mãe teriam equilíbrio e sensatez em hora tão amarga.
Se, contudo, escuras sombras cobriam, nos primeiros meses, suas almas aflitas, eu, por minha vez, recuperava a sanidade outrora perdida pouco antes da “transmutação” da carne. Como soa melhor esta palavra àquela mais preferida por todos: “desencarnação”. È que, para mim a carne apenas transformara-se em pura energia espiritual e, como a lagarta que precedera a borboleta, vi-me, aos poucos deixando no passado o corpo frágil e febril para assumir minha forma de hoje.
Ocupo este espaço para brevemente enviar meus abraços saudosos aos meus parentes, mas, também, para agradecer a todos aqueles que, neste, como noutro plano, oraram e contribuíram para minha ascensão.
Encontro-me bem agora e mais forte e preparada para nova jornada que espero com paciência e resignação quanto às novas adversidades que terei de passar para recompor meu passado estéril e faltoso.
A todos o meu muito obrigado.  

                          Clarice.                                                                                   
                                                         
Psicografia recebida em Reunião de Psicografia em  2014.                                     

           Médium:  Ana Paula.

Um comentário:

  1. Oi td bem? Gostaria de receber cartas dos
    meus entes querido meu avô Orestes Alves
    Ribeiro 72anos ele faleceu em 31/08/ 2010
    estava bem doente,e da minha vó Maria
    Cecilia Caetano Moreira 12/03/2011 e da
    minha amiga Jaqueline Aparecida da silva
    gregorio

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